Arrecadação com multas de trânsito cresce 28,93% no primeiro mês de Dória e bate recorde - Notícia excluída pelo R7

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Mara Maravilha, cura gay e aberrações

Acredito que não há problema na pessoa achar que quem é gay possa de alguma forma vir a se tornar hétero. Apesar de eu não acreditar nisso, quem acredita deve ter garantida a sua liberdade de acreditar e dizer isso publicamente sem medo de represálias. Não acho que devemos também tirar o direito do homossexual de procurar ajuda profissional se este achar que precisa, desde que seja por vontade própria e esteja ciente dos riscos e probabilidades, afinal, ainda não existe tratamento para a homossexualidade. O que não concordo é tratar a sexualidade alheia como um mal a ser combatido e taxar como doença  algo que não traz malefícios, algo que não incomoda a ninguém (ao menos não deveria), algo não é da conta de terceiros, saca? Conheço vários homossexuais, todos tranquilos quanto a sua sexualidade e não querem tratamento nenhum pois eles estão bem assim. A sexualidade deles não traz prejuízos pra eles próprios e muito menos a terceiros. Acredito que os gays que estão incomodados são aqueles que sofrem bullying, que tem medo de sair a rua e apanhar, que sofrem rejeição dentro da própria casa ou aqueles que acham que o que sentem é errado e que algum deus vai puni-los por isso. Ou seja, o mal não está na sexualidade do individuo, mas sim naqueles que o apontam os dedos, e estes sim necessitam de ajuda pois são uns coitados que não enxergam que o mal da homossexualidade são eles próprios que causam.

Esta semana a cantora Mara Maravilha participou de um programa matinal da RedeTV, onde acabou enfrentando uma saia curta ao ser questionada pelo apresentador se ela acreditava que a homossexualidade fosse uma doença. Apesar de ela ter fugido da pergunta (na verdade ela foge de TODAS as perguntas, e não, Mara.. ser gay não é uma opção.) basta ver os rodeios que são suas respostas e como ela trata o assunto na tentativa fail de retratação na matéria da Caras quando ela diz "Acredito no milagre, acredito no impossível. Não só para cura gay, mas para drogas, para QUALQUER TIPO DESES MALES" fica claro que para ela homossexualidade é sim uma doença a ser tratada. "Meia palavra basta" como ela mesma diz.

Seguindo a logica dessa tal "liberdade de expressão" que ela e tantos outros clamam (a que permite chamar de doente aquele que pensa/vive/crê diferente) posso seguramente afirmar que ela está doente e precisa de tratamento psicológico, pois acredita num ser que é onipresente, onisciente e onipotente mas mesmo assim ela nunca viu nem ouviu, a não ser dentro da própria cabeça (substitua por "alma" ou "coração") em suas conversas particulares com este ser. Isto pra mim tem nome..

O problema não é a celebridade X ou Y querer nos dizer o que é doença ou não, afinal, quem são eles pra nos querer ensinar isso? O que me chama a atenção neste caso é que ainda existam pessoas que pensam assim como ela. Pessoas que tem acesso a informação, mas que ignoram os fatos em nome de uma superstição e saem falando estes tipos de absurdo sem se preocupar se suas meras opiniões sem embasamento irão influenciar negativamente uns ou ofenderem outros. Acredito que todos devemos nos responsabilizar pelo que falamos, porém pessoas influentes deveriam ter o dobro de atenção por dois motivos: o primeiro é porque elas podem influenciar os ignorantes; o segundo é porque elas podem se arrepender e acabar pagando mico.

*não é objetivo deste post me posicionar contra ou a favor do tal projeto polemico. fica pra uma próxima vez. ;)